quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Um simples sargento, na Folha de São Paulo

 Gente, em edição extraordinária tivemos que voltar...

Temos um comandante geral, um secretário de Segurança Pública, um governador, um "deputado" e seus assessores. Mas ninguém, absolutamente ninguém, se pronunciou em nossa defesa no caso Rita Lee.

Fomos xingados, espezinhados e humilhados e a nossa sorte é ainda termos homens como os sargentos Edgard e Vieira e o capitão Hildomário à frente da única associação que luta pela categoria.

Essa decisão gera precedente perigoso. Agora qualquer cantor poderá nos xingar em shows e não poderemos, a princípio, nos sentirmos ofendidos e buscarmos nossos direitos. 
Demais comentários com os leitores.
 
26/02/2013 - 18h07

Justiça nega indenização a PMs envolvidos em confusão com Rita Lee

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LUCAS NOBILE
DE SÃO PAULO
O juiz substituto do 7º Juizado Especial Cível, Alexandre Lins, julgou improcedentes pedidos de indenização por danos morais feitos por 35 policiais militares que se sentiram ofendidos pela cantora Rita Lee durante um show em janeiro do ano passado no município de Barra dos Coqueiros, em Sergipe.
Cada policial havia entrado com uma ação, cobrando indenização no valor de R$ 24.880.
Durante a apresentação, Rita Lee criticou a agressividade de policiais militares com o público. Na ocasião, a polícia afirmou ter agido porque parte da plateia fumava maconha.
"Esses cachorros, filhos da puta, não vão prender ninguém", disse a cantora. Ela foi detida por apologia ao crime e por desacato, levada à delegacia e depois liberada.

Maria Odilia - 28.jan.12/Folhapress
A cantora Rita Lee durante show na praia de Atalaia Nova, em Sergipe, em 28 de janeiro de 2012
A cantora Rita Lee durante show na praia de Atalaia Nova, em Sergipe, em 28 de janeiro de 2012
De acordo com a sentença, a cantora não fez ofensas abrangentes à classe militar nem a todos os policiais presentes no evento. "As imagens não deixam dúvida de que a requerida, durante todo tempo, dirigiu-se a um grupo restrito de policiais que estava próximo ao palco. Xingamento, ironia, deboche, tudo ocorreu sem referência genérica a policiais ou policiais militares. Aliás, durante o episódio sempre houve contato visual entre a acionada e o grupo de policiais a que se dirigia", sentenciou.
"Mesmo que ele estivesse na festa, em serviço ou não, a manifestação supostamente ofensiva não lhe foi dirigida. Desta forma, a análise quanto à possível ocorrência de dano moral indenizável pressupõe que o autor seja um dos policiais próximos ao palco. Mas tal circunstância não pode ser presumida, tem que ser provada. E este ônus cabe ao autor. Destarte, ante a ausência de prova quanto ao fato de o autor ser um dos policiais próximos ao palco, o pedido deve ser indeferido", completou o juiz.
Na sentença, Lins decretou que "a honra daqueles servidores não foi atingida, mas sim a imagem da polícia e do próprio Estado", decretou o juiz.
Carlos San Severino, advogado de Rita Lee, considerou a sentença como "uma grande vitória".
"Comovida com a notícia inesperada, vou me abster de comentar sobre vocês sabem quem. Obrigada queridos", comentou a cantora em seu perfil oficial no Twitter.
O sargento Edgard Menezes, presidente da Associação dos Militares de Sergipe (Amese), disse que os policiais vão recorrer da sentença. "Respeitamos o magistrado, mas essa sentença abre um precedente perigoso. Você já imaginou se em todo show a plateia resolver xingar os policiais? Será que a tropa vai ter a mesma calma que aquela que estava presente no evento teve, para esperar terminar o show e só depois dar voz de prisão?", disse o sargento.
"Nós vamos recorrer até o último grau para que o caso tenha uma punição exemplar. A artista fez apologia de drogas durante o show, são figuras públicas que manipulam as massas, isso é perigoso. A gravação de vídeo mostra que os policiais não agiram com truculência, como a artista afirmou. A atitude dela poderia ter causado uma tragédia", completou Menezes.
AÇÃO CRIMINAL
No ano passado, Rita Lee chegou a um acordo com o Ministério Público de Sergipe para evitar a abertura de um processo criminal por desacato a autoridade. Com o processo encerrado, ela ainda aguarda comunicação da Justiça para depositar R$ 40 mil ao Fundo Municipal para Criança e Adolescente da Barra dos Coqueiros.

ESTAMOS QUASE SOZINHOS NESTA LUTA!

QUE SAIBAMOS IDENTIFICAR E APOIAR OS NOSSOS VERDADEIROS REPRESENTANTES!

QUE DEUS NOS AJUDE E OLHE POR NÓS!