COM A PALAVRA OS LEITORES

Sobre uma polêmica declaração firmada esta semana, os leitores fiquem à vontade para debater (coisa que não existe dentro dos quarteis) os prós e contras:

Jornal Cinform desta semana (clique na imagem para ampliar)

A Cizânia

Boatos e declarações precipitadas

Como faz aos sábados o blog publica hoje o artigo do coronel da reserva da Polícia Militar de Sergipe, Salvador Braulino Sobrinho. Um texto para reflexão:

O texto fora do contexto é um artifício perigoso que, invariavelmente, resulta no pretexto para o cometimento de injustiças. Quem não teve uma frase mal interpretada que acabou gerando o término de um relacionamento amigável? Já fui vítima e testemunha desse tipo de situação que, por vezes, causa terríveis danos na alma humana.

Na bíblia, o capítulo 3 do livro de Tiago fala sobre o poder da língua e vaticina que ela "contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno".

Recentemente o comandante da Polícia Militar externou sua opinião a respeito do embate entre policiais e criminosos e afirmou que os integrantes da Corporação não atiram para matar ninguém. O resultado morte não é desejado, porém pode ocorrer, mas quem tem o poder sobre a vida e a morte é Deus. Essa verdade dita de outra forma deu margem à interpretação duvidosa e acabou sendo explorada por algumas pessoas.

Ora, numa rápida pesquisa nos jornais é possível inferir que o grau de letalidade da instituição policial é baixo: a maioria dos criminosos é presa e encaminhada para os presídios sem lesões corporais. Para os operadores da segurança pública sergipana, bandido bom é o que fica vivo para denunciar os demais integrantes da quadrilha.

Sabe-se que o advogado é defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, porém posicionar-se a respeito de um assunto sem conhecer os fatos a partir de sua origem, sem ouvir a fonte, apenas por ouvir falar, incorre em erro injustificável em desfavor de alguém, cometendo grave injustiça. Segundo o artigo 32 do Código de Ética da OAB, o advogado que utilizar qualquer meio de comunicação para manifestação profissional deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósitos de manifestação pessoal ou profissional.

Os bacharéis em Direito Carlos Augusto Monteiro Nascimento e Maurício da Cunha Iunes, respectivamente presidente da OAB/SE e comandante da PM, foram escolhidos por mérito profissional para representar suas instituições. Estas são organizações importantes e respeitáveis que devem trabalhar de forma harmônica e sintonizadas com os interesses da sociedade. Acreditar em boatos e fazer declarações precipitadas é fomentar a cizânia, permitindo a exploração política do fato pelos aventureiros que torcem pelo "quanto pior, melhor".

Texto extraído da coluna do jornalista Cláudio Nunes.

QUE DEUS NOS AJUDE E OLHE POR NÓS!